terça-feira, 20 de janeiro de 2009

CHANTAGISTAS?????????!!!!


A direcção do Grupo Parlamentar do PS assume as suas responsabilidades e tirará todas as consequências políticas", declarou à agência Lusa um alto responsável da bancada socialista, quando confrontado com a hipótese de o projecto do CDS-PP ser viabilizado com votos de deputados da maioria.

Por sua vez, o ministro dos Assuntos Parlamentares, Augusto Santos Silva, recusou-se a considerar que o Governo esteja a dramatizar a votação de sexta-feira, mas adiantou que o executivo considera a avaliação dos professores "uma reforma emblemática" e uma "questão crítica" para o cumprimento do programa do Governo.

"Caso o Governo não tivesse condições para prosseguir com a avaliação dos professores, também não teria condições para prosseguir com um dos eixos fundamentais da sua agenda reformista. Mas não antecipo nada para sexta-feira que não seja o Parlamento continuar a acompanhar o Governo nesta reforma que para nós é decisiva", declarou.

Sabendo que, dos 121 deputados do PS, cinco poderão votar ao lado da oposição (Manuel Alegre, Teresa Portugal, Matilde Sousa Franco, Eugénia Alho e Júlia Caré), a direcção da bancada socialista está a fazer "uma mobilização geral dos seus deputados" para estarem presentes na votação de sexta-feira.

Um dirigente do Grupo Parlamentar do PS referiu que esse apelo será reforçado quinta-feira, durante a reunião da bancada.

Um outro membro da bancada socialista disse à agência Lusa que os deputados receberam na semana passada um "e-mail" a alertar para a importância de duas votações: o expurgo da inconstitucionalidade do Código de Trabalho na quarta-feira e a votação do diploma do CDS-PP na sexta-feira.

Para os deputados socialistas serão ainda feitos telefonemas e enviados "sms" para estarem presentes na hora de votar.

Alguns deputados, com missões no estrangeiro, por exemplo, vão ficar em Lisboa para garantir a maioria necessária da bancada nas votações, acrescentou a mesma fonte.

Na votação de uma proposta de resolução do CDS, a 05 de Dezembro, que recomendava a suspensão da avaliação dos professores, seis deputados do PS votaram a favor (outro absteve-se), com os partidos da oposição.

Se os 30 deputados do PSD que nesse dia estiveram ausentes do Parlamento tivessem votado a favor do projecto do CDS, a maioria absoluta socialista teria sido derrotada pela primeira vez nesta legislatura.

No entanto, na sexta-feira, o grupo de seis deputados que votou a favor da resolução da CDS-PP deverá reduzir-se para cinco, já que João Bernardo irá acompanhar o sentido de voto da direcção da bancada na recusa do diploma.

Também a deputada socialista Odete João, que em Dezembro se absteve, deverá desta vez votar contra o projecto do CDS.

"Na penúltima e na última vez que o Parlamento se pronunciou sobre a avaliação dos professores, aprovou-a. É evidente a natureza puramente de táctica partidária que está em causa nas iniciativas da oposição", declarou Augusto Santos Silva.

NS/PMF.

1 comentário:

Anabela Magalhães disse...

Eles?
Por supuesto!