quinta-feira, 10 de julho de 2008

Investigadores estudam morte celular programada numa das espécies de bolor(c.f.TSF)


Investigadores do Porto descobriram que podem estudar a morte celular programada numa das espécies de bolor. Um estudo que irá ajudar a compreender o mecanismo de doenças como o Alzheimer ou o cancro. Este estudo será publicado amanhã numa revista científica.

Ana Castro, uma das investigadoras do grupo do Instituto de Biologia Molecular do Porto, pode ter descoberto como é que as células se suicidam.
«O que nós conseguimos foi utilizar o modelo experimental da neurospora, que é um modelo que já está sequenciado e que nos vai trazer muita informação e conseguimos fazer com que esse fungo entrasse em morte celular programada», explicou a investigadora.
A morte celular programada pode ocorrer tanto em deficiência como em excesso e pode trazer doenças associadas.
«Só se pode fazer qualquer coisa muito concreta quando soubermos os mecanismos básicos que estão subjacentes a esses processos. Como exemplo de deficiência temos o cancro, doenças auto-imunes e infecções crónicas. E depois temos quando os mecanismos de morte celular programada ocorrem em excesso, como o Alzheimer, Parkinson, SIDA e enfarte miocárdio.»
Segundo Ana Castro, tanto a tecnologia como medicamentos poderão surgir quando se compreender os mecanismos básicos e compreendê-los.
«Após a sua compreensão, aí poderemos fazer qualquer coisa», concluiu a investigadora.