domingo, 14 de junho de 2009
CHINESES EXPULSOS DA MADEIRA!
Um empresário chinês foi detido esta semana no Porto Santo pelo Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), três meses depois de ter sido visado por um abaixo-assinado subscrito por empresários da ilha.
A operação do SEF culminou em Tribunal na passada quarta-feira com a ordem de expulsão do emigrante e teve como primeira consequência o encerramento da loja de pronto-a-vestir que tanto deu que falar na ilha.
Três meses antes, quando o comerciante se preparava para abrir o negócio, 90% dos empresários porto-santenses do ramo de pronto-a-vestir e acessórios puseram a circular um abaixo-assinado contra a abertura de mais uma loja chinesa.
"Uma invasão"que "põe em risco os estabelecimentos existentes e os postos de trabalho", dizia o documento entregue na autarquia porto-santense. O abaixo-assinado chegou também à Associação Comercial e Industrial do Porto Santo (ACIPS) que, de forma célere, tratou de encaminhar a reivindicação do tecido empresarial do sector para o SEF, para a Inspecção das Actividades Económicas e para a Direcção Regional dos Assuntos Fiscais.
As diligências deram frutos. Não no primeiro mês, nem no segundo, mas no terceiro. O SEF deteve o comerciante chinês por permanência ilegal no país, levou-o a Tribunal que decretou a sua expulsão.
O SOS Racismo estranha esta actuação, acusando o SEF de ceder a pressões populistas.
"Em tempos de crise é usual o SEF utilizar rasteiras e manobras para desmotivar os emigrantes que tenham estabelecimentos em Portugal", acusa Mamadu do SOS Racismo . A se confirmar este tipo de actuação no Porto Santo, Mamadu diz que o Ministério da Administração Interna tem o dever de pronunciar-se sobre o que considera ser uma "chantagem demagógica".
O SOS Racismo também não compreende a postura do Tribunal. Independentemente do tipo de visto (permanência ou de residência), o emigrante em situação ilegal teria pelo menos 10 dias para regularizar a situação a contar da data em que foi detectada a situação pelo SEF.
"Mesmo com o visto caducado o próprio comerciante pode dirigir-se ao SEF para pedir a prorrogação de visto e pagar uma coima por permanência ilegal. No caso de ter visto de residência ou de permanência tem um período não inferior a 10 dias para esclarecer e/ou justificar a situação", explicou o dirigente da organização.
Mas àquilo que Mamadu denomina de "manifestação vergonhosa de racismo", o presidente da ACIPS chama de "concorrência desleal". "Essa gente tem que estar a operar no mercado em igualdade de circunstâncias, se estão no Porto Santo sem produtos de qualidade, sem guias de remessa, não se sabe se têm contabilidade, podem estar a fazer dumping", diz António Castro, salientando o facto de os investidores estrangeiros estarem isentos do pagamento de impostos durante os primeiros cinco anos de actividade.
Já o SOS Racismo, insiste, que o preconceito é fruto da ignorância.
RM
Robert Morris
"A Method For Sorting Cows"
published in Art and Literature 11 (Winter 1967)
It is essential to have a long corridor or alley with a large room or pen off to one side and approximately halfway between the ends of the corridor. naturally the more cows being sorted the longer the corridor and the larger the pen. Two men are required to sort cows in the method presented here -- it can be done by one man but the effort required -- the running, the stumbling, the falling, the sweating, the panic of the animals -- all of these things make it impractical. Essentially, the 2-man method is as follows. The cows are driven into the corridor past the gate of the room or pen. The gate to the room or pen must swing open toward that end of the corridor where all of the cows are crowded. The first man continues with cows past the gate. The second man stops at the gate; he is the gate man. The other man is the head man and makes all the decisions. When sorting cows the gate man's subordinate station should be well understood. He must, for the sake of efficiency and safety, never question the head man's decisions. Now imagine that the head man is down by the cows at the end of the corridor, always keeping himself between the gate man and the cows and keeping the cows crowded up against the far end of the corridor. He can do this easily by making fidgeting gestures. This keeps the necessary level of nervousness up among the cows -- so long as the cows are milling around the head man can tell that he has them in the palm of his hand so to speak. When ready to sort the head man brings the cows to attention by suddenly raising both arms straight out, bending both knees slightly into a kind of ply, dropping the upper part of his body and at the same time jumping with the lower. The head man should practise this motion until it is a smooth movement, yet one which transforms his entire being into a state of absolute alertness, potentiality and authority. A good head man will transfix upwards of 30 cows with such a motion. After the ready-to-sort movement is made and the cows are stock still, nearly hypnotized, the gate man should place his feet well apart and get a good grip on his gate. He should be slightly crouched and concentrating on the head man. Slowly the head man will straighten up and walk toward the cows, keeping just to the right of center, if the gate is on the left. The cows will inch toward the left side as he inches toward the right. A crowding will occur in the left corner until one cow will bolt out and down the left side of the corridor past the head man. But this is exactly what the head man wants. he knows just what to do with this cow: as it bolts he screams "by" or "in". If it is the former the gate man flattens himself against the gate and attempts to become part of the wall; if it is the latter, he immediately springs out into the corridor pulling the gate open at about a 60-degree angle. The cow will dart into the pen and he slams the gate and freezes to immobility and intense concentration on the head man. The inching toward the right on the part of the head man, a cow bolting, the in or by scream, the immobility or action on the part of the gate man -- so it goes until all of the cows except the last have made their exit from the end of the corridor. The last cow is approached by the head man in a more lyrical and less tense way; usually the last cow is also somewhat more relaxed and knows what is expected of him. One might say that the last cow is "shooed" since the expert timing of the head man is now not required. The cow will usually trot rather than bolt down the corridor to its destined in or by place. The head man must then turn to his gate man and say, "That's the one we're looking for."
2012-Capital Europeia da Cultura
Já se encontra em circulação a última edição do Boletim da Sociedade Martins Sarmento, cujo editorial se reproduz aqui:
Ganhar balanço
No final do século XIX, Guimarães passou por um profundo processo de transformação económica, social e cultural, iniciado nos primeiros anos da década de 1880. O momento de viragem aconteceu no ano de 1884. A partir daí, Guimarães nunca mais voltou a ser a mesma. Iniciava-se um ciclo cujo principal esteio económico foi a industrialização, em especial no sector têxtil. Nos tempos que vão correndo, ninguém ignora que esse ciclo já se encerrou. Hoje, Guimarães estende-se por um território economicamente deprimido, abeirando uma profunda crise social. É tempo de arregaçar as mangas e de encontrar novos caminhos.
A oportunidade, desafiante e mobilizadora, está aí. Dentro de pouco mais de dois anos e meio, Guimarães irá assumir-se, por um ano, como um dos centros culturais da Europa. Cabe-nos aproveitar a oportunidade e projectar os resultados dessa experiência para além de 2012. Os vimaranenses estão colocados perante um desafio com uma dimensão incomparavelmente superior a qualquer outro a que esta cidade foi chamada a dar resposta ao longo da sua história. Bem aproveitado, permitirá dar um novo impulso de vitalidade a Guimarães e à sua região, permitindo-lhe encontrar novos rumos para a ultrapassagem do estiolamento social e económico.
2012 apresenta-se como um desafio cultural único, mas também como uma importante oportunidade económica. Guimarães deve maximizar as condições de que dispõe para apostar num processo de desenvolvimento sustentado, já não ancorado nas indústrias tradicionais, mas impulsionado pelas novas indústrias culturais, ligadas ao património, ao turismo, ao conhecimento, às artes, à criatividade, à ciência. Para tanto, importa que a Capital Europeia da Cultura seja mais do que um imenso rol de eventos efémeros. Dela devem ficar mais do que memórias, sendo vital que concorra para a formação de mais-valias económicas, sociais e culturais. Para tanto contribuirão, certamente, os novos equipamentos que se projectam com 2012 no horizonte, como o CampUrbis, a Plataforma das Artes ou a Casa da Memória. Mas, não menos importante, será a aposta na formação de recursos humanos e na criação de emprego especializado e altamente qualificado no âmbito das indústrias culturais e criativas. Para tanto, será necessário arrojo e espírito de iniciativa, que não se pode fechar nos limites do investimento público.
A viragem de Guimarães para a modernidade, ocorrida em finais do século XIX, brotou da necessidade, mas também da determinação, do empenho e da energia criativa dos vimaranenses, que lançaram sementes que frutificaram por largas décadas. Assim também acontecerá, estamos certos, com o mergulho no futuro que seguirá à Capital Europeia da Cultura.
A Direcção da Sociedade Martins Sarmento
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