quinta-feira, 31 de julho de 2008
Mais memória
A memória do Kursk
Foi uma das piores crises políticas desde que Vladimir Putin está no poder. A 12 de Agosto de 2000, um submarino nuclear, moderno e de grandes dimensões, sofreu uma explosão no mar de Barents. Foi o início de uma tragédia que provocou a morte de 118 membros da tripulação. A explosão empurrou a embarcação para o fundo do mar de Barents, na zona ártica, mas o acidente não provocou a morte imediata de todos os marinheiros a bordo. Uma pequena parte da tripulação sobreviveu, mas para morrer, dias depois sufocada e em completa escuridão. A opinião pública russa e internacional entrou em choque às primeiras notícias de um submarino retido em águas profundas com mais de cem homens a bordo. Mas sobretudo a forma como as autoridades russas geriram o caso do Kursk foi desastrosa. Apesar da tragédia, o Presidente Putin não interrompeu as suas férias, mantendo-se em silêncio. Os responsáveis da marinha russa tardaram em admitir a verdadeira dimensão do acidente, divulgando informações falsas durante todo o processo. E, apesar da falta de recursos de salvamento, a Rússia recusou-se a pedir ajuda internacional.
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